Vídeo de uma apresentação da Escola Manoel Carvalho Portella.



                                         http://www.youtube.com/watch?v=n-KBYuYfaRQ



                                                       Coreografia PLANETA AZUL!
                 Fórum Estudantil do Meio Ambiente. Cachoeira do Sul. RS- 1º de junho de 2011.
                    Video produzido por Luci Gomes de Franceschi, professora da escola.

Museu Escola Parceira II.




MUSEU ESCOLA PARCEIRA II






                                        


http://portellablogger.blogspot.com.br/2009/12/escola-manoel-carvalho-portella-deseja.htm

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Manoel Carvalho Portella, localizada no município de Cachoeira do Sul, bairro Oliveira, na rua Tito Osório Torres nº 468, vem a 86 anos desempenhando sua função educacional.

Fundada em 12 de agosto de 1926, pelo decreto nº 105; no início funcionava em uma casinha com apenas uma sala de aula próximo ao atual prédio, na época eram duas escolas que se uniram tendo outro nome Escolas Reunidas como assim era chamada.




O nome da escola foi em homenagem a Manoel Carvalho Portella, por seus inúmeros serviços prestados à nossa terra.






Natural de Alegrete, radicado desde 1932 nesta cidade ele exerceu desde a mais humilde até a mais alta e importante função. Todas causas nobres, grandes campanhas que movimentaram a coletividade cachoeirense tiveram o mesmo como um vanguardeiro.

Jornalista de renome, diretor do Jornal do Povo ( jornal da cidade) e Fundador da Folha do Sul de Caçapava do Sul, membro da União dos Moços Católicos participando ativamente de varias diretorias, jamais ocultando sua posição de filho da igreja.

Faleceu no dia 7 de junho de 1951 num acidente de automóvel deixando o povo Cachoeirense enlutado pelo desaparecimento desta ilustre personalidade.



































 


Hoje a Escola conta com um quadro significativo de professores, tem como diretora a professora Maclóvia da Silva Costa, vice - diretora a professora Beatriz Bordignon Cerentini, Supervisora a professora Arlete Eliane Schlesner Ellwanger no turnos da manhã e tarde e Orientadora Educacional a professora Eunice Terezinha Schoenfeldt Patta no turno da tarde.

                                   

 











Fotos da Escola cedidas pela professora Luci Gomes de Franceschi.

 

A escola é localizada em um local que está em crescimento constante, o bairro Oliveira como assim é chamado, abriga a antiga estação ferroviária de Cachoeira do Sul, sendo um dos maiores bairros da cidade em extensão,tem templos religiosos, empresas, mini – mercados e um educandário que atende a educação infantil.

A escola contempla séries iniciais e ensino fundamental. Realiza trabalho dentro da inclusão escolar, possuí sala de AEE com professora especializada e ainda tem parceria com a APAE (via Município) que também da suporte pedagógico, psicológico, terapeuta ocupacional, fono, fisioterapeuta e médico para alguns alunos atendidos nesta escola.

Considera-se hoje a importância de conhecermos as pessoas envolvidas no processo que cercam nosso ambiente escolar para melhor entendermos a cultura deste povo, seus  costumes e suas crenças.
 Foto: Estela Vargas


                Realizei algumas entrevistas, tendo a primeira com uma pessoa muito conhecida no bairro e na cidade a Tia Maria como assim é carinhosamente chamada.

Maria de Lurdes e Castro 78 anos, destes 54 anos morando e trabalhando pelo bairro oliveira, nasceu em Restinga Seca que na época pertencia a Cacheira do Sul. Mãe de 4 filhos seus, e 4 do coração, sendo 2 seus netos e 2 sobrinhos. Trabalhou 10 anos na Coordenadoria de Educação do município, 9 anos em uma escola estadual como servente onde veio a aposentar -se.

Conceitua seu bairro como uma comunidade ótima de povo que se da muito bem, se ajuda (quando tem uma pessoa na comunidade doente e passando por dificuldades o povo se junta e ajuda do jeito que da, ensinando aos mais novos, suas crianças a partilhar o que tem em sua casa).

Quando veio morar no bairro o mesmo tinha um salão que fazia -se as celebrações religiosas e bailes. Depois veio as missões e fizeram um grande salão e aí se iniciou a construção da igreja.

A comunidade se uniu com promoções e confraternizações para a construção do prédio da igreja; compraram um Cristo grande que veio de São Paulo, e ganharam a imagem pequena de uma Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de um casal do bairro.

Trabalha na capela do Perpétuo Socorro a 50 anos, onde foi ministra da eucaristia por 5 anos, Pastoral da Criança por 2 anos, a 46 anos se dedica como catequista na comunidade (sendo que foi minha catequista), e ainda coordena pastoral do batismo, orientação a jovens quanto a crisma, casamento, batismo. Se dedica a 40 anos a Pastoral da Saúde da cidade, sendo 6 destes na oliveira, onde além de varias atividades dentro da pastoral ainda auxilia na montagem de outras pastorais em outros municípios, também dão cursos dentro da mesma em escolas outras comunidades e onde necessitarem delas, lembro que ela tinha um programa de rádio onde dava nome de remédios e sua utilidade, receitas de pomadas e chás naturais.

Dona Maria lembra que no início a escola Portella era precária, a comunidade passou a ajudar comprando canecas e pratos para merenda das crianças; compraram também uma máquina de escrever que a escola estava precisando. Coordenou um clube de mães que faziam bordados, tricô, crochê, pintura e outros na escola.

Foto: Estela

   

Capela N. S. Do Perpétuo Socorro

FOTO: Estela Vargas


 

Questionei quais pessoas foram importantes na comunidade, ela citou seu Alcebíades, Dona Beloni, seu Rubi e de Dona Estefânia uma Austríaca, enfermeira que era muito braba, mas ajudava a todos, estando sempre pronta quando precisavam dela, até a noite podiam chamar que ela pegava sua lanterna e ia atender, exigia das pessoas higiene, sempre orientando quanto as doenças. Ajudava a todos sem distinção; fazia acolchoados e entregava para os pobres da comunidade.

Também trago lembranças dela até hoje, eu participava nos anos 80 de um grupo de jovens da Capela do Perpétuo Socorro, e Dona Estefânia oferecia ao grupo em sua casa uma feijoada todo ano; aguardávamos a mesma com alegria.

E ainda temos Tia Bita como era chamada por todos no bairro.
 
Tia Bita(foto cedida pela neta)
  

Quem falou um pouco dela pra mim, foi sua sobrinha que é minha colega Rosaria Machado.

Almerinda Borges da Rosa (Tia Bita), morou por mais de 30 anos no bairro.

Quando solteira trabalhou vendendo passagens na rodoviária; ao casar passou a ser do lar, teve dois filhos homens e uma mulher, também teve participação ativa na comunidade onde trabalhou em pastorais, clube de mães, Legião de Maria, Renovação Carismática. Sempre auxiliando em visita a doentes e auxiliando no preparo de alimentos para pobres do bairro. Faleceu com 77 anos em um acidente em viagem; deixando a comunidade muito triste. Pessoa que trazia em seu olhar a humildade do ser humano, também tive o prazer de conhecê-la.
 
 

Conversei também com a professora da escola Luci Teresinha Gomes de Franceschi que atua no Portella a 15 anos.

Teve turmas por muitos anos, onde sempre teve alunos especiais em sua sala de aula, aprendendo sempre muito com eles. Hoje já se tem laudos médicos e cursos de inclusão que facilitam o trabalho; pois podemos pesquisar e estudar para melhor auxiliar o aluno.

Fez Pedagogia na URCAMP em Caçapava, sua monografia foi sobre inclusão. Trabalhou com turmas de aceleração e hoje está desenvolvendo seu trabalho na hora do conto da escola.

Foi minha colega de magistério, onde nos formamos juntas.